“A posição da Universidade Federal do Pará (UFPA) é pela manutenção do Enem como parte do processo seletivo”. A declaração do reitor da instituição, Carlos Maneschy, se refere ao protesto realizado por alunos, que estão acampados na reitoria da universidade desde o dia 1º.
A reivindicação dos alunos é para que a universidade desvincule seu processo seletivo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Não queremos o Enem pelos erros que aconteceram até agora”, diz Vinícius Souza, coordenador do movimento estudantil.
Souza diz que o grupo de cerca de 20 alunos pretende ficar por tempo indeterminado na reitoria. “Estamos usando carro-som e buscando mais estudantes para fortalecer o manifesto”.
Os alunos pedem a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFPa (Consepe) para discutir a possibilidade da retirada do Enem como etapa do vestibular. “Até agora conseguimos a assinatura de sete conselheiros, mas seria mais fácil se o reitor convocasse essa reunião”, afirma Vinícius.
O Consepe é formado por 53 conselheiros titulares (docentes, discentes e técnico administrativos). Para que a reunião extraordinária ocorra, é preciso a assinatura de pelo menos 27 conselheiros ou uma convocação do reitor.
Segundo Maneschy, esta convocação não acontecerá sem as assinaturas. “Vamos seguir o que já está definido há meses. A 17 dias da prova, qualquer alteração causaria mais instabilidade aos alunos. Na última reunião do Consepe os conselheiros saíram constrangidos do prédio. Não temos a segurança de que não ocorrerá de novo”.
Para o reitor, os manifestantes não têm representatividade diante do total de alunos que prestaram o Enem. “São cerca de 55 mil candidatos e não temos a avaliação dessas pessoas sobre o processo”. A UFPA considera reunir o conselho apenas se alguma mudança no Enem for realizada, como um cancelamento da prova. (Diário do Pará)
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