A comissão formada por membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) saiu satisfeita com o resultado da reunião realizada na tarde desta segunda-feira (07) com o titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Nilson Pinto, e da Secretaria de Estado de Administração (Sead), Alice Viana.
Dentro de 90 dias, a Seduc deverá concluir os ajustes necessários para, então, ter as bases que precisa para a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR). Questões como aulas suplementares e abono salarial serão analisados pela conjuntamente pela Sead e Seduc. Um novo encontro deve ser agendado nas próximas semanas.
"O resultado nos deixa bastante animados, pois nossa principal angústia era que a proposta do plano não fosse aceita. Isso reforça as chances de que a nossa relação com o governo venha a melhorar, visto que eles reafirmaram a disposição de garantir os direitos dos servidores", afirmou Conceição Holanda, coordenadora do Sintepp.
É a segunda vez que o atual governo recebe a categoria para negociar. A primeira reunião ocorreu no dia 11 de janeiro. Nilson Pinto recebeu e avaliou atentamente a pauta de reivindicações, que além do PCCR, inclui outros pontos, entre os quais a reforma de escolas, reposição de aula, pagamento de retroativos, convocação de concursados, ressarcimentos, bolsa-mestrado e eleição de diretores.
Sobre a convoação de concursados, Nilson Pinto foi enfático: "O esforço é para trazer os concursados. Tendo necessidade e o certame estando concluído, vamos chamá-los sim". Quanto à questão da reforma das escolas da rede pública estadual, o secretário destacou as prioridades e os tipos de serviços a serem realizados, como limpeza, substituição da rede elétrica, reparos em telhados e nova pintura. "Vamos fazer o que for possível. Neste primeiro momento, até em virtude das deliberações do governador quanto à redução de custos, não teremos como fazer grandes reformas, mas tão logo tenhamos recursos disponíveis nós priorizaremos esse trabalho", disse.
Alice Viana ressaltou as "dívidas compulsórias" contraídas da gestão passada. Somente com a manutenção de despesas dos setores de educação, segurança e saúde, o déficit mensal do governo anterior atingiu R$ 78 milhões. "Dependemos de uma receita mensal e os servidores da Seduc representam 40% da folha do Estado", esclareceu. A secretária de Administração afirmou, ainda, que estão sendo feitas auditorias em todos os setores do governo a fim de avaliar o passivo, seguindo orientação do próprio governador Simão Jatene.(Ascom Seduc)
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